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Cinema em Casa (9)

Parece que se instalou algum medo e dúvidas nas nossas sociedades e as salas de cinema continuarão fechadas durante mais algum tempo. A resposta poderá passar pela exibição de cinema ao ar livre nas belas praças das cidades. Esperemos que esse desejo se possa tornar realidade em breve, durante o Verão.


Para já propomos dois clássicos do mestre Hitchcock.

O primeiro filme é Os 39 Degraus (1935).

"Adaptação de um romance de John Buchan, "Os 39 Degraus" é considerado a primeira obra-prima do período inglês de Hitchcock. Mantém muitas semelhanças com "Intriga Internacional" (1959), filme da sua fase americana - como, por exemplo, o ponto de partida do filme: por mero acaso, um homem torna-se no centro de uma complexa rede de espionagem e é perseguido pela polícia, que o julga culpado de homicídio. Richard Hannay (Robert Donat) vê-se obrigado a percorrer a Escócia algemado a uma rapariga (Madeleine Carroll), em busca do verdadeiro criminoso. Os 39 degraus do título são o segredo que ele tem de desvendar." (Público, cinecartaz)




O segundo é Rebecca (1940).

"A memória corrente de Alfred Hitchcock (1899-1980) surge frequentemente marcada por um desconcertante equívoco: ele seria o símbolo perfeito do classicismo de Hollywood, essa sofisticada arte narrativa concebida, fabricada e aplicada pelos autores nascidos nos EUA. É verdade que o "mestre do suspense" ocupa um lugar central na história de Hollywood. O certo é que foi apenas em 1955 que se tornou cidadão americano, tendo nascido em Inglaterra, aí criando o primeiro e fundamental capítulo da sua filmografia (mais de duas dezenas de longas-metragens, incluindo algumas mudas). O seu primeiro título "made in USA", Rebecca, estreou-se no dia 21 de março de 1940 - faz agora 80 anos.

Ao longo das décadas de 40/50, Hitchcock assinou alguns dos filmes mais perfeitos, e também mais populares, da idade de ouro de Hollywood. Exemplos incontornáveis serão Difamação (1946), Janela Indiscreta (1954) e Vertigo (1958). No seu renovado fascínio, Rebecca não será um dos casos mais reveladores da sua visão do mundo, mas não deixa de ser o mais consagrado de toda a sua carreira - isto porque recebeu o Óscar de melhor filme de 1940 (tendo valido uma outra estatueta dourada a George Barnes, na categoria de melhor fotografia a preto e branco).

Como muitos outros criadores britânicos e, genericamente, europeus, Hitchcock partiu para os EUA em 1939, ano do início da Segunda Guerra Mundial. No seu caso, porém, a motivação surgiu antes do começo da guerra: David O. Selznick (1902-1965), personalidade fulcral nos anos de consolidação do cinema sonoro, convidou-o para integrar o seu estúdio - Selznick International Pictures -, sendo Rebecca a sua primeira tarefa de realizador". (Diário de Notícias)

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