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DIA DO CINECLUBE (14 de Abril)

Atualizado: 13 de abr. de 2021

O Dia Nacional do Cineclube comemora-se a 14 de Abril, desde 2019, numa iniciativa aprovada em Assembleia Geral da FPCC, em 2018, no XXIII Encontro Nacional de Cineclubes realizado em Faro.


Este ano, o espalhafitas - cineclube de Abrantes propõe a sua comemoração com filmes realizados por 5 cineclubes. Podem ver-se todos seguidos ou fazendo uma pausa para café entre eles.


Antes desses filmes propomos uma boa surpresa e memória a todos. Recordar duas das mais queridas figuras que nos têm acompanhado com um documento videográfico feito por Stanislav Solonenco. O título diz muito: "Henrique e Margarida". Um bem haja aos nossos amigos.

(Clique na imagem para ver o filme)



A acção dos cineclubes portugueses vai muito para além da exibição de filmes. São organizações que formam, que preservam a memória e a história de populações, que organizam festivais e outros eventos, que interagem com a sociedade e abrem as portas das suas casas.


Embora tenham tido uma contribuição significativa antes da Revolução dos Cravos, continuam vivos e em acção.


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João Paulo Macedo, Presidente da Federação Internacional de Cineclubes, enviou esta mensagem:


"14 de Abril de 2021 – Dia Nacional do Cineclube


Em boa hora a Direcção da Federação Portuguesa de Cineclubes propôs a realização do Dia Nacional do Cineclube, comemorado pela primeira vez em 2019, e proposto à FICC – Federação Internacional de Cineclubes para o seu estabelecimento internacional, onde será objecto de apreciação.


Completam-se nesta data 114 anos da criação do primeiro cineclube e, 76 anos (13 de Abril), da criação do primeiro Cineclube Português – o Cineclube do Porto. Cruzam-se histórias de resistência e luta, de cultura e cinema.


A criação do primeiro cineclube em Paris, em 1907, por Edmond Benoit-Lévy, abriu o primeiro capítulo da história do movimento cineclubista, fundamental na cultura do século XX. O movimento começa a ganhar expressão primeiro na Europa e, depois, na América Latina nas décadas seguintes. A criação da FICC – Federação Internacional de Cineclubes, em Outubro de 1947, durante o Festival de Cinema de Cannes possibilitou a articulação e cooperação internacionais, a partilha de experiências, a circulação de filmes e o reconhecimento entre pares do trabalho desenvolvido em cada nação.


Os Cineclubes são colectivos populares, próximos do público, envolvidos com o público. Garantindo a diversidade cultural, são pontos fundamentais de formação e divulgação da cultura cinematográfica. Os Cineclubes são um espaço democrático, participado e enquadrado na sua comunidade, capaz de activar envolvimento e cumplicidade, partilha e aprendizagem, valorizando o Cinema e as Pessoas.


O Dia do Cineclube pode parecer um mero evento comemorativo, mais do que isso, deve ser um momento para reflectirmos sobre a importância dos Cineclubes, o seu papel na comunidade em que se inserem e a sua diferenciação sobre outros exibidores de cinema, ainda que não comerciais.


Na actualidade e nos tempos conturbados que vivemos, somos confrontados com a forçada individualização e limitação da nossa vida cultural e social. O quadro de pandemia é um desafio à manutenção da nossa comunidade cineclubista e, importa reflectir, a definição do nosso papel no futuro. Será de relevar a sua importância no retorno às salas, na saúde colectiva e numa actividade que consiste, fundamentalmente, em juntar pessoas em torno de um filme.


O esforço subsequente terá de ser o de construir pontes, preservar e desenvolver a unidade, no respeito pela identidade de cada Cineclube e de cada pessoa envolvida. Uma unidade feita de diferenças e de respeito pelos muitos pontos de vista sobre o cinema, a actividade de cada Cineclube e a defesa intransigente do direito à participação pública no quadro institucional nacional. Unidos por objectivos comuns a todos os Cineclubes no mundo inteiro: organizar, servir e lutar pelos direitos do Público e pela Cultura Cinematográfica.


A Carta de Tabor, proclamada pelos Cineclubes de todo o mundo em 1987, define os Direitos do Público, direitos por que se luta e que se pretendem estabelecer como bases da actuação cineclubista de forma universal. Permitir ao público o direito de escolha e de acesso à diversidade da produção cinematográfica, o direito de se educar, de ser livre e de ser independente."



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Filmes Produzidos em Cinco Cineclubes

(para visualizar clicar em cima das imagens)

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Cine Clube de Viseu


O Vale do Aurotni (2020, 5´)


"A oficina de cinema de animação APRENDER EM FILMES invade o Museu do Côa. A inspiração para os participantes? A Arte Rupestre do Côa, claro!"



Realizado no MUSEU DO CÔA, Vila Nova de Foz Côa

Realizadora | Formadores GRAÇA GOMES, CARLA AUGUSTO, RODRIGO FRANCISCO

[ 20 // 24 julho da era pandémica, 2020 ]


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espalhafitas - Cineclube de Abrantes


Harmos (2018, 10')


Filmes: Projectos | Jardim | Terramotos | Capítulo III | No Comments

A partir de textos de Gonçalo M. Tavares

O filme aborda múltiplos aspectos da relação do Homem com a natureza e com a floresta.



Realizadores: Coletivo de crianças e jovens do Agrupamento de Escolas Escola Dr. Solano de Abreu, Escola Básica de Rossio ao Sul do Tejo, Escola de Ócio da Palha de Abrantes, Escola Básica D. Miguel de Almeida, Escola Básica de Mouriscas, Escola Básica de Pego.

Formadores: Ícaro Pintor e Tânia Duarte.

Professores: Américo Pereira, Elina Graça, Salvador Martins, Fernanda Jesus, Laura Agostinho, Ana Póvoa.

Nº de participantes: 145

Produção: Espalhafitas - Palha de Abrantes - Associação de Desenvolvimento Cultural.


Prémios e Festivais:

Cinanima 2018 – Vencedor Prémio Jovem Cineasta – Menores de 18 anos

Festa Mundial da Animação 2018 – Vencedor Prémio Categoria Oficinas

Faz Parte da lista de filmes do PLANO NACIONAL DE CINEMA


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Cineclube de Avanca


Magister (2019, 20')


O actor e encenador Júlio Cardoso dirige os seus actores.

Neste documentário, acompanha-se o trabalho do encenador Júlio Cardoso do Teatro Seiva Trupe do Porto, que prepara uma nova peça.

“Magister” é assim uma viagem de acesso restrito, de um ponto de vista muito intimista.



Argumento: José Carlos Barros

Fotografia: Júlio Filipe Cardoso, Artur Caiano e Gustavo dos Santos

Montagem: João Costa

Produção: Filmógrafo, DAS - Desenvolvimento das Artes Associação e Cine-Clube de Avanca

Produtor: Júlio Filipe Cardoso

Produtor Delegado: Júlia Rocha e António Costa Valente

Realização: Gustavo dos Santos

Som: Adrian Santos


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Ao Norte (Cineclube de Viana do Castelo)


Contra a Corrente (2002, 33')


"Através do depoimento de proprietários de moinhos e azenhas situados nos rios Âncora, Coura, Neiva e num ribeiro da bacia hidrográfica do Lima, somos confrontados com as dificuldades que sentem em mantê-los em actividade.

Por ainda beneficiarem do seu funcionamento e quererem conservar um património que, em muitos casos, receberam como herança, são os últimos representantes das gerações em que o desenvolvimento se fazia em harmonia com a natureza."


Realização: Carlos Eduardo Viana Câmara: Alexandre Martins e Carlos Eduardo Viana Som directo: Fátima Chavarria e Vítor Martins Montagem: António Soares Produção: Ao Norte - Oficina da Imagem Produção executiva: Rui Ramos Formato: DV CAM


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Cineclube de Joane


Cinco para Kiarostami (2016, 25´)


"Usando como influência o cinema de Abbas Kiarostami, cuja obra influenciou toda uma geração e ajudou a diminuir a ponte entre o cinema de autor e o espectador, delineamos a produção de um pequeno filme que corporizasse o legado deixado pelo cineasta no nosso meio.

Partimos de um anúncio com o fito de descobrir diferentes personagens, perfeitos anónimos da nossa sociedade, que foram diretamente influenciados, na sua vida, pelo cinema de Abbas. A partir deste ponto sondamos o mundo pessoal de cada um destes indivíduos e procuramos perceber como é que a realidade que se vive no cinema do iraniano influenciou as suas vidas e a sua maneira de encarar o mundo, neste canto da Europa. Acima de tudo queremos demonstrar o quão internacional é a sua linguagem, com temas poderosos e transversais a diferentes culturas e latitudes."



Cinco para Kiarostami - Filme homenagem a Abbas Kiarostami

de Mário Macedo e Vitor Ribeiro

Com a participação de João Catalão, Cristiana Rocha e David Oliveira, Francisco Noronha, Nuno Miranda Ribeiro e Milene Vale


Uma Produção da Casa das Artes e do Cineclube de Joane para o CLOSE-UP – Observatório de Cinema de Vila Nova de Famalicão estreado no CLOSE-UP - Observatório de Cinema em Outubro de 2016, uma programação da Casa das Artes de Famalicão


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