Por Jornal A Barca
O filme de animação Orchis Mirabilis (“Maravilhosas Orquídeas”), produzido pela secção de cinema da Associação de Desenvolvimento Cultural Palha de Abrantes – Espalhafitas, foi selecionado para a Competição Nacional do CINANIMA 14, na categoria Jovem Cineasta Português (menores de 18 anos), de entre os 1328 filmes a concurso. Após a projeção dos diversos filmes, foram anunciados os vencedores nas várias categorias. Orchis Mirabilis, na sua estreia mundial, recebeu a Menção Honrosa atribuída pelo CINENIMA’14 na competição e na categoria a concurso. Trata-se de mais uma distinção a juntar aos muitos prémios e louvores nacionais e internacionais feitos à produção cinematográfica realizada na Associação Palha de Abrantes com crianças e jovens da região, desde 2006, no âmbito do ANIMAIO. Este filme foi realizado por jovens do concelho de Abrantes, sob orientação pedagógica de Lurdes Martins e Sérgio Vieira, com música de Carlos Zíngaro, Carlos Bechegas e Ulrich Mitzlaff, e argumento de Ana Sofia Nunes e Leonor Carvalho.
“Teares”, de Mónica Baptista, no DocLisboa’14 A 12.ª edição do DocLisboa – Festival Internacional de Cinema, um dos mais importantes festivais internacionais de cinema documental, decorreu entre os dias 16 e 26 de outubro. O programa contou com uma grande diversidade de filmes, cerca de 250, representativos de 40 países, e com 42 filmes portugueses, atestando o interesse e o trabalho realizado neste âmbito, e possibilitando um espaço de partilha entre o cinema e o público. A competição nacional incluiu sete longa-metragens e cinco curtas, selecionando e mostrando o que de melhor se fez a nível cinematográfico em Portugal. A curta-metragem da jovem realizadora Mónica Batista, “Teares”, uma produção da Associação de Desenvolvimento Cultural Palha de Abrantes, foi uma das poucas obras selecionadas para esta prestigiada competição – ‘Competição Portuguesa Curtas-Metragens’. A sua estreia mundial deu-se no dia 21 de outubro, às 18h30, no Cinema São Jorge, na sala Manoel Oliveira, sendo reposta no de 23 de outubro, às 15h15, no Cinema City do Campo Pequeno (sala 3). Trata-se de um documentário em que Mónica Batista nos dá a conhecer duas realidades: a Barragem de Castelo de Bode, cuja construção começou em 1945, e a atividade de tecedeiras, nascidas na década em que se iniciou as obras da barragem, na bacia do rio Zêzere. Através desta curta, acompanhamos a atividade de uma das práticas humanas mais ancestrais: o tecer, um trabalho manual, moroso e cuidadoso, elaborado por mulheres nos seus teares; bem como as alterações provocadas na paisagem pela construção da barragem. É prestigiante para a realizadora, produtora e população do concelho o reconhecimento deste trabalho, que mostra, a nível mundial – com grande sensibilidade estética – testemunhos, práticas e uma realidade que nos é cara, pois retrata a nossa região.
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