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PROGRAMAÇÃO ABRIL 2022

Atualizado: 8 de dez. de 2022

Quarta, 6

ESQUECIDO de Daria Onyshchenko

(Ucrânia, Suíça, 2019, 105')

Nina é professora de ucraniano em Luhansk (Ucrânia), ocupada por separatistas pró-russos. Uma vez que a língua ucraniana é proibida pelos invasores, ela é obrigada a dar aulas de russo. Um dia, assiste à captura de Andrii, um jovem de 17 anos, depois de ele hastear a bandeira da Ucrânia no telhado da escola como forma de protesto. Ela faz de tudo para dissuadir os soldados de o prenderem, alegando que é apenas uma criança. Mas, à medida que o vai conhecendo, Nina começa a sentir-se atraída por ele.

“Esquecido” foi o filme de abertura do Molodist - Festival Internacional de Cinema de Kiev, onde recebeu o Prémio “Fight for Right”. Já Maryna Koshkina arrecadou o Prémio de Melhor Actriz pela Academia Ucraniana de Cinema. Em Portugal, Daniil Kamenskyi, foi premiado como melhor actor no Festival Avanca. A realização e o argumento ficaram a cargo de Daria Onishchenko (“Eastalgia”). PÚBLICO


Quinta, 7 (Edifício Chiado)

A MULHER QUE FUGIU de Hong Sang-soo

(Coreia do Sul, 2020, 77')

Casada há cinco anos, a jovem Gam-hee nunca esteve longe do marido um dia que fosse. Agora que ele se ausentou numa viagem de negócios para fora de Seul, ela aproveita a ocasião para visitar três grandes amigas que há muito não vê. Cada encontro, assim como a conversa que tem com cada uma das raparigas, vai ter um forte impacto em como Gam-hee vê o seu relacionamento. Isso vai fazê-la reavaliar as escolhas feitas até aqui.

Um filme dramático escrito e realizado pelo aclamado realizador sul-coreano Hong Sang-soo ("Noite e Dia", "Noutro País", "Sítio Certo, História Errada", "O Dia Seguinte") que arrecadou o Urso de Prata de Melhor Realizador no Festival de Cinema de Berlim. Com Kim Min-hee – musa e companheira na vida real de Sang-soo –, a assumir o papel de protagonista, o filme conta também com a participação de Seo Young-hwa, Song Seon-mi, Kim Sae-byuk, Kwon Hae-hyo, Lee Eun-mi, Kang Yi-seo e Shin Seok-ho nos papéis principais. PÚBLICO


Quarta, 13

LICORICE PIZZA de Paul Thomas Anderson

(EUA, 2021, 133')

No início dos anos 1970, Gary é um miúdo de 15 anos do Vale de São Fernando, uma zona de Los Angeles adjacente à indústria do entretenimento, com um espírito para o negócio. No dia de tirar fotografias para a escola, conhece Alana, uma rapariga muito mais velha, e desenvolve uma paixão por ela. Ao início irritada, ela começa a desenvolver uma amizade e parceria com ele, por negócios como a venda de camas de água e um salão de jogos. Juntos, cruzam-se com violência policial, um lendário actor mais velho, um produtor agressivo, uma viagem a Nova Iorque, uma campanha política e todo um conjunto de peripécias inspiradas na vida real de Gary Goetzman, produtor de Hollywood.

Um filme escrito e realizado por Paul Thomas Anderson que marca o seu regresso ao Vale de São Fernando e aos anos 1970 que tinha capturado em filmes como “Jogos de Prazer” ou “Vício Intrínseco”. Com Cooper Hoffman, filho do defunto Philip Seymour Hoffman, como Gary, e Alana Haim, das HAIM, como Alana, ambos na sua estreia no cinema. PÚBLICO


Quinta, 14 (Edifício Chiado)

DIA DO CINECLUBE

AINDA NÃO ACABÁMOS COMO SE FOSE UMA CARTA de Jorge Silva Melo (PT, 2015, 75')


O Dia do Cineclube comemora-se pela quarta vez, a 14 de Abril de 2022. É uma iniciativa promovida pela Federação Portuguesa de Cineclubes e pretende ser um momento de celebração da actividade cineclubista e lembrar o seu contributo histórico, social, educacional e cultural. No “Dia do Cineclube” pretende-se promover, uma vez mais, uma festa que percorra o país de norte a sul, passando também pelos Açores. As comemorações realizam-se durante o mês de Abril em vários cineclubes, onde se promoverá o diálogo em torno do cinema e do cineclubismo. Além da exibição de cinema, esta festa conta ainda com tertúlias e debates.


O espalhafitas associa-se à festa e homenageia Jorge Silva Melo, ele também cineclubista e, para além de tantas coisas, realizador, encenador, dramaturgo e actor.

Com produção dos Artistas Unidos e realização de Jorge Silva Melo (fundador e director artístico da companhia, além de encenador e dramaturgo), um documentário que atravessa meio século e inclui depoimentos de muitos dos que se foram cruzando com o realizador – Álvaro Lapa, Jean Jourdheuil, Spiro Scimone, Jorge Martins, José Medeiros Ferreira, Manuel Wiborg, Fernando Lemos, Luiza Neto Jorge, Sofia Areal –, bem como a participação de Américo Silva, António Simão, Catarina Wallenstein, Elmano Sancho, Isabel Muñoz Cardoso, Sylvie Rocha, João Pedro Mamede, Pedro Carraca, João Meireles, Vânia Rodrigues, Maria João Pinho, João Aboim, Maria João Luís, Miguel Borges, Pedro Gil, Rita Brütt, Rúben Gomes, etc.

Nas palavras de Silva Melo, este é um filme "como se fosse uma carta” aos que, contra todas as adversidades, se tornaram actores. "Sou eu que escrevo esta carta (...), sim, sou eu. Não tanto para falar de mim, mas do que me prometeram, daquilo que perdi, daquilo que consegui continuar (…). O mundo que imaginei meu seria assim, simples, sem enfeites. Foi o que me prometeram tantos dos que vieram antes de mim. Visito aqui os locais – nem todos – que me disseram seriam os da minha vida (…). Em Lisboa, ou em Paris, onde trabalhei e onde me sinto em casa. Ou Roma onde não cheguei a instalar-me. Lembro muita gente que me contou o mundo – mas nem todos… É uma carta. Ou... É um auto-retrato (auto-filme? auto-golo) comigo de costas: para que quem veja, veja o que eu vejo. Aquilo que vejo (vi, verei) será aquilo que sou? Mas é uma carta, é a ti que quero contar, a ti, rapaz que quiseste ser actor." PÚBLICO


Quarta, 20

CICLO MESTRES JAPONESES DESCONHECIDOS

MULHERES DE GINZA de Kōzaburō Yoshimura

(Japão, 1955,109')

Ikuyo é a patroa de Shizumoto, uma residência de gueixas que emprega quatro outras mulheres. Todas, em simultâneo, vão revelando as extremas agruras da profissão. Desde a procura frustrada da popularidade nos jornais, passando pelos desejos difusos de maternidade e terminando na desilusão amorosa, as cinco mulheres sobrevivem debaixo do céu incandescente de Ginza, um dos bairros mais abastados de Tokyo.


Quinta, 21 (Edifício Chiado)

LAÇOS DE FAMÍLIA de Daniele Luchetti

(IT/FRA, 2020,100')

Saltitando entre a década de 1980 e os dias de hoje, este filme foca-se na relação em apuros de um casal de Nápoles, Vanda e Aldo Prima. Ele, um intelectual de renome com um programa de rádio sobre livros, começa um caso com uma mulher mais nova. Será que o casamento sobrevive? Um filme de Daniele Luchetti ("O Homem da Pasta", "O Meu Irmão é Filho Único", “A Nossa Vida”) baseado no romance de 2014 de Domenico Starnone, que também co-assina o guião. Em 2020, tornou-se o primeiro filme a abrir o Festival de Veneza em mais de uma década. PÚBLICO


Segunda, 25

SALGUEIRO MAIA - O IMPLICADO de Sérgio Graciano

(PT, 2021,115')

Um dos maiores símbolos do 25 de Abril, Fernando Salgueiro Maia nasceu a 1 de Julho de 1944, em Castelo de Vide (Portalegre). Fez campanhas militares em Moçambique e na Guiné-Bissau, tendo ascendido ao posto de capitão em 1971. Como delegado da Arma de Cavalaria, fez parte da Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas (MFA). Um dos seus feitos mais famosos foi quando, no dia 25 de Abril de 1974, comandou a coluna militar que partiu da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, ocupou a Praça do Comércio e cercou o Quartel do Carmo, em Lisboa, levando à rendição de Marcello Caetano, então presidente do Conselho, e à queda definitiva da ditadura do Estado Novo. Maia faleceu a 3 de Abril de 1992, devido a um cancro. Tinha 47 anos.

Com realização de Sérgio Graciano ("Assim Assim", "Uma Vida à Espera", "Linhas de Sangue", “A Impossibilidade de Estar Só”), este filme tem um argumento de João Lacerda de Matos, que ficciona a acção a partir de “Salgueiro Maia - Um Homem da Liberdade”, uma biografia assinada por António de Sousa Duarte. Co-produzido com a RTP e a colombiana 11:11 Films & TV, tem apoios do Instituto do Cinema e do Audiovisual, do Turismo de Portugal e da Câmara Municipal de Lisboa. Com Tomás Alves como protagonista, conta também com as actuações de Catarina Wallenstein, Filipa Areosa, José Condessa, Nádia Santos e Miguel Costa, entre outros. Após a estreia em salas de cinema, o filme será exibido em versão mini-série. PÚBLICO


Quarta, 27

O PODER DO CÃO de Jane Campion

(Reino Unido, Nova Zelândia, Canadá, Austrália, 2021,126')

Década de 1920. Os irmãos Phil e George Burbank possuem um grande rancho situado no Montana (EUA). Phil é um “cowboy” deliberadamente rude, provocador e por vezes cruel. George, pelo contrário, é um homem gentil e conciliador, que se esforça por manter a harmonia. Um dia, cansado da solidão, George pede a mão a Rose, uma viúva que gere um pequeno restaurante com o filho, Peter, um adolescente tímido e inseguro. Phil, que considera o casamento do irmão uma afronta pessoal e que não vê com bons olhos que aqueles dois estranhos se mudem para a sua casa, não perde a oportunidade de os atormentar e oprimir.

Com assinatura da neozelandesa Jane Campion (“O Piano”, “In the Cut - Atracção Perigosa”, “Bright Star - Estrela Cintilante”), um “western” que adapta o romance homónimo escrito, em 1967, pelo norte-americano Thomas Savage (1915-2003). Vencedor do Leão de Prata na 78.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, “O Poder do Cão” tem 12 nomeações para os Óscares, entre eles os de melhor filme, realização, argumento adaptado, actor (Benedict Cumberbatch), actor secundário (Jesse Plemons e Kodi Smith-McPhee), actriz secundária (Kirsten Dunst) e banda sonora original. Esta é da autoria de Jonny Greenwood, dos Radiohead, já nomeado na mesma categoria pelos filmes “Haverá Sangue” (2007) ou “A Linha Fantasma” (2017). O filme está, desde o dia 1 de Dezembro de 2021, disponível na Netflix. PÚBLICO


Quinta, 28 (Edifício Chiado)

COISAS DE HOMENS de Lucas Belvaux

(FRA/BEL, 2021,100')

Durante a década de 1960, Bernard, Rabut, Février e outros jovens soldados como eles, foram enviados para defender os interesses de França na Argélia, cujo povo lutava pela independência. Ali, eles testemunharam coisas terríveis, sobre as quais nunca tiveram coragem de falar e que, durante décadas, foram reprimidas nas suas mentes e corações. Mas quando uma situação inesperada faz despertar memórias antigas, parece que são novamente transportados para o passado.

Baseado no romance homónimo de Laurent Mauvignie, um drama de guerra assinado por Lucas Belvaux, o autor da trilogia "Um Casal Encantador", "Em Fuga" e "Depois da Vida" e de “Esta Terra é Nossa”. Gérard Depardieu, Catherine Frot, Jean-Pierre Darroussin, Yoann Zimmer, Félix Kysyl, Édouard Sulplice dão vida às personagens. PÚBLICO

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