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PROGRAMAÇÃO DEZEMBRO 2022

O mês de Dezembro é um mês especial. É o mês em que o espalhafitas e a Revista Zahara fazem as comemorações dos seus 20 anos. Sim, 20 anos! Parece que foi ontem. Muitas aventuras se passaram, muitas contingências inesperadas, muitos momentos felizes para recordar. Acima de tudo, são projectos maduros, com um valor enorme para a região. Venham mais vinte.

Estas comemorações são realizadas durante as XIX Jornadas de História Local que se realizam em Abrantes, Sardoal e Mação.


Quarta, 7

Alma Viva de Cristèle Alves Meira

(PT, 2022, 85')

Desde sempre que a pequena Salomé, filha de emigrantes portugueses em França, passa as férias de Verão na aldeia da sua família, em Trás-os-Montes. Ela e a avó, tida como bruxa pelos outros habitantes da aldeia, têm uma ligação muito próxima. Mas quando a velha senhora morre subitamente ao seu lado, a menina começa a sentir o espírito dela dentro de si e quase mata uma das vizinhas, que julga ser responsável pela sua morte.

Produzido pela Midas Filmes em co-produção com França e Bélgica, e estreado na Semana da Crítica, do Festival de Cinema de Cannes, “Alma Viva” marca a estreia em realização de longa-metragem da luso-descendente Cristèle Alves Meira – já conhecida pelas curtas “Campo de Víboras” (2016) e “Invisível Herói” (2019), ambas estreadas em Cannes. A história, apesar de ficcional, contém diversos elementos biográficos e tenta fazer um retrato da cultura transmontana através dos olhos de uma criança. Filmado, durante o Verão de 2021, em Junqueira, no concelho de Vimioso (de onde é originária parte da família de Cristèle), este drama conta com as actuações de Ana Padrão, Lua Michel (filha da realizadora), Pedro Lacerda, Valdemar Santos e vários actores não profissionais, residentes na localidade. PÚBLICO


Quinta, 8 (Cine-teatro Mação)

Um Nome para o que Sou de Marta Pessoa

(PT, 2022, 114')

Entre 1947 e 1949, a escritora Maria Lamas percorreu o país para dar a conhecer a realidade em que viviam as mulheres portuguesas. O resultado deste périplo foi o livro "As Mulheres do Meu País". Passados mais de 70 anos, a realizadora Marta Pessoa e a escritora Susana Moreira Marques procuram compreender que livro é este e o que nos pode dizer hoje.


Quarta, 14

Apresentação de Hong Sang-soo

(Coreia do Sul, 2021, 66')

Um filme sobre três momentos da vida de Youngho: quando vai ter o pai, um acupuncturista, enquanto ele se ocupa de um paciente; quando decide surpreender a namorada em Berlim, onde ela estuda design de moda; e quando se encontra com a mãe, que traz consigo um amigo, num restaurante à beira-mar. Em cada desses instantes, Youngho antecipa uma longa conversa. Um drama totalmente filmado a preto e branco, escrito e realizado pelo sul-coreano Hong Sang-soo ("Noite e Dia", "Noutro País", "Sítio Certo, História Errada", "O Dia Seguinte", “Perante o Teu Rosto”) que, tal como “A Mulher Que Fugiu”, também da sua autoria, recebeu o Urso de Prata em Berlim para melhor argumento. No elenco participam os actores Shin Seokho, Park Miso, Kim Youngho, Ye Jiwon, Seo Younghwa, Kim Minhee, Cho Yunhee e Ha Seongguk. PÚBLICO


Quinta, 15 (Edifício Chiado)

A Chiara de Jonas Carpignano

(FR, IT, Suécia, 2021, 121')

Claudio e Carmela Guerrasio reúnem-se com amigos numa grande festa para celebrar o 18.º aniversário de Giulia, a filha mais velha. No dia seguinte, ele desaparece. Apesar das palavras tranquilizadoras de Carmela, a filha Chiara, de 15 anos, decide investigar as verdadeiras causas do desaparecimento do pai. É assim que descobre que a família tem uma série de negócios com a máfia. Estreado no Festival de Cinema de Cannes, um filme dramático realizado e escrito por Jonas Carpignano, autor de “Mediterreânea” (2015) e “A Ciambra” (2017), cuja acção também decorre na região da Calábria, Itália. A assumir as personagens estão Swamy, Claudio, Grécia, Giorgia, Carmelo, Vincenzo e Salvatore Rotolo (todos da mesma família), bem como Silvana Palumbo e Carmela Fumo, entre outros. PÚBLICO


Sexta, 16 (Edifício Chiado)

Albatros de Xavier Beauvois

(FR, BEL, 2021, 115')

Laurent, comandante de brigada da polícia na vila costeira de Étretat, na Normandia, está prestes a casar-se com Marie, com quem tem uma filha pequena. A sua vida, naquele lugar marcado pela miséria e pelas desigualdades sociais, não é fácil, mas é relativamente tranquila. Certo dia, ao tentar impedir o suicídio de um agricultor, Laurent dispara acidentalmente sobre ele, causando-lhe morte imediata. A partir desse momento, vê-se a entrar num verdadeiro pesadelo. Seleccionado para competir no Festival de Cinema de Berlim, um filme dramático sobre culpa e necessidade de redenção, com assinatura de Xavier Beauvois – o celebrado realizador de “Dos Homens e dos Deuses”, vencedor do Prémio Especial do Júri em Cannes 2010. Jérémie Renier, Victor Belmondo, Marie-Julie Maille e Madeleine Beauvois (mulher e filha do realizador) assumem os papéis principais. PÚBLICO


Sábado, 17 (Edifício Chiado)

Paris 13 de Jacques Audiard

(FR, 2021, 106')

Emilie (Lucie Zhang) vive num apartamento em Les Olympiades, situado na periferia de Paris. Quando percebe que o ordenado não chega para pagar as contas, decide pôr um anúncio para arrendar um quarto. É assim que conhece Camille (Makita Samba), um jovem professor a terminar um doutoramento, com quem se envolve romanticamente. Mas ele, que até aí apenas estava interessado em sexo, acaba por se enamorar de Nora (Noémie Merlant), uma colega que, por sua vez, se sente ligada a Amber (Jehnny Beth). “São personagens que não são aquilo que pensam ser. O mundo vai ensinar algo a cada um, como nos filmes do Rohmer: no fim, cada um encontra o seu lugar”, explica Jacques Audiard ("De Tanto Bater o Meu Coração Parou", "Um Profeta", "Ferrugem e Osso", “Os Irmãos Sisters”), que produz, escreve e realiza este filme totalmente rodado a preto e branco. O argumento tem por base as novelas gráficas “Killing and Dying”, “Amber Sweet” e “Hawaiian Getaway”, do cartoonista Adrian Tomine. PÚBLICO


Quarta, 28

Perante o Teu Rosto de Hong Sang-soo

(Coreia do Sul, 2021, 85')

Sangok é uma actriz de meia-idade a viver nos EUA que decide regressar à Coreia do Sul para se reconectar com amigos e familiares. Ao acompanhá-la, o espectador assiste a dois dos seus encontros: com Jeongok, a irmã mais nova, de quem sente algum afastamento; e com Jeongok, um realizador de cinema que a convida para ser a protagonista do seu próximo filme. Em competição no Festival de Cinema de Cannes, este filme com argumento e realização de Hong Sangsoo ("Noite e Dia", "Noutro País", "Sítio Certo, História Errada", "O Dia Seguinte", “A Mulher Que Fugiu” e “Apresentação”), tem actuações de Lee Hyeyoung, Cho Yunhee, Kwon Haehyo, Shin Seokho, Kim Saebyuk, Ha Seongguk, Seo Younghwa, Lee Eunmi, Kang Yiseo e Kim Siha. PÚBLICO

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