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PROGRAMAÇÃO PARA OUTUBRO

Quarta-feira, 6

O MAL NÃO EXISTE de Mohammed Rasoulof

(Alemanha/Irão/República Checa, 2020, 151')

"Rodado em segredo, um filme que reflecte sobre a pena de morte e o modo como ela afecta o quotidiano dos iranianos comuns. Sob um regime autoritário, várias pessoas são obrigadas a lidar com ordens de execução de penas capitais. Se algumas a cumprem como uma tarefa obrigatória e avançam com as suas vidas, outras há que, pelo contrário, se recusam a fazê-lo, assumindo as consequências que essa escolha trará para as suas vidas e para a dos que lhes são próximos.

Vencedor do Urso de Ouro no 70.º Festival de Cinema de Berlim, um filme dramático com assinatura do realizador iraniano Mohammad Rasoulof ("Lerd"). Dado o tema de "O Mal Não Existe", o regime iraniano proibiu o cineasta de se deslocar a Berlim, condenando-o a um ano de prisão por "propaganda contra o sistema". Esta é uma co-produção entre companhias do Irão, Alemanha e República Checa, e conta histórias que oferecem "variações sobre os temas cruciais da força moral e da pena de morte, questionando até que ponto a liberdade individual pode ser expressada sob um regime despótico e as suas aparentemente inescapáveis ameaças". PÚBLICO


Quarta-feira, 13

A CANDIDATA PERFEITA de Haifaa al-Mansour

(Arábia Saudita/Alemanha, 2019, 104')

Maryam (Mila Al Zahrani) é uma jovem médica saudita que todos os dias se vê a lutar contra o preconceito e todas as formas de misoginia. Farta de se sentir diminuída por ser mulher, toma uma resolução inesperada: concorrer ao cargo de presidente da câmara da sua cidade. Naturalmente, isso vai causar um enorme choque na sociedade conservadora de onde provém, que se habituou a impôr inúmeras restrições às mulheres. Mas, preparada para qualquer embate, Maryam não está disposta a desistir.

Em competição pelo Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza, um filme dramático realizado por Haifaa al-Mansour (“O Sonho de Wadjda”) sobre o clima de mudança que se sente na Arábia Saudita, especialmente em relação aos direitos das mulheres. PÚBLICO


Quarta-feira, 20

TITANE de Julia Ducournau (Bélgica/França, 2021, 108')

Combinando terror e “body horror”, um filme que a realizadora Julia Ducournau descreve deste modo: "para dar a ‘Titane’ a sua forma definitiva, concentrei-me na ideia de que através de uma mentira, podes dar vida ao amor e à humanidade. Quis fazer um filme que, pela sua violência, pudesse parecer ‘desagradável’ a princípio, mas que depois nos levasse a apegar-nos às personagens e, em última análise, a receber o filme como uma história de amor. Ou melhor, uma história sobre o nascimento do amor”.

Com “Titane”, Julia Ducournau recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes – a segunda vez, na história do festival, que o palmarés vai para uma realizadora, depois de Jane Campion com “O Piano” (1993), em “ex-aequo” com Adeus, “Minha Concubina”, de Chen Kaige. PÚBLICO


Quarta-feira, 27

CAROS CAMARADAS de Andrey Konchalovskiy (RUS, 2020, 116')

União Soviética, 1962. Membro do Partido Comunista, Lyudmila acredita cegamente que trabalha em prol de uma sociedade justa e igualitária. Mas tudo muda quando, durante uma greve na fábrica de construção de locomotivas em Novocherkassk, testemunha um grupo de trabalhadores a ser assassinado a tiro de metralhadora sob as ordens do governo. O objectivo era encobrir as revoltas populares que surgiam com frequência devido às duras condições de trabalho e ao aumento das quotas de produção mínimas para cada funcionário, que lhes reduzia as remunerações. A partir daquele momento, toda a visão do mundo de Lyudmila se altera irremediavelmente.

Um drama baseado em factos reais que conta com realização, produção e argumento do veterano Andrei Konchalovsky ("O Rolo Compressor e o Violino", "Paraíso") . Em competição na 77.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, recebeu o Prémio do Júri. PÚBLICO

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